De tempos em tempos surgem dietas alimentares que se popularizam. Junto com elas surgem questionamentos se esse tipo de alimentação é adequado, se traz resultados, etc. Nesse início de século XXI se tornaram muito populares o vaganismo e o vegetarianismo. Em relação à prática de atividades físicas é comum perguntarem se optar por um destes dois tipos de alimentação afeta negativamente o desempenho. A resposta você confere a seguir.
Lewis Hamilton (hepta campeão mundial de Fórmula 1), Serena Williams (23 títulos de Grand Slam no tênis)), Novak Djokovic (18 títulos de Gran Slam no tênis)
Gabriel Medina (bicampeão mundial de surfe), Patrik Baboumian (o homem mais forte da Alemanha) e Arnold Schwarzenegger (você sabe quem é).
São algumas pessoas que praticam/praticaram atividades físicas de alto desempenho e adotaram o veganismo/vegetarianismo como prática alimentar.
Todos os citados tiverem resultados acima da média nas suas áreas de atuação. Cada um deles pratica uma atividade física com uma característica peculiar e demandas energéticas diferentes. Todos possuem uma dieta alimentar similar.
A diferença entre veganismo e vegetarianismo
Mas antes de nos aprofundarmos no tema e de como funcionam estas dietas em atletas, vamos dirimir uma dúvida recorrente. Qual a diferença entre veganismo e vegetarianismo?
Os veganos não consumem nenhum tipo de alimento de origem animal.
Adeptos mais fervorosos excluem qualquer tipo de produto que tenha origem animal, como produtos de limpeza e higiene e artigos do vestuário.
Roupa de couro? Nem pensar!
á os vegetarianos optam por uma dieta sem a presença de carnes, sejam elas vermelha, peixes e aves. Porém, consomem outros alimentos de origem animal.
Muitas pessoas optam por essa alimentação mais restritiva não apenas por questões alimentares.
Ser vegetariano e, principalmente, vegano também está ligado a um estilo de vida.
No veganismo qualquer forma de exploração da vida animal é condenada.
Por serem menos rígido, os vegetarianos são divididos em três grupos.
Ovo-lacto vegetarianos:
evitam carne de animais, mas consomem laticínios e produtos com ovos.
Lacto-vegetarianos:
vegetarianos que evitam carne e ovos, mas consomem produtos lácteos, como leite, queijo, iogurte, manteiga, entre outros.
Ovo-vegetarianos:
vegetarianos que evitam todos os produtos de origem animal, porém consomem ovos.
Embora possam estar em voga nos tempos modernos, esses dois tipos de dietas não são novidades. Estima-se que desde 700 A.C. já existiam pessoas que adotavam uma alimentação livre de carnes. Então, o veganismo não é moda.
Veganismo e atividade física
Voltando às atividades físicas, Hamilton, Djokovic, Serena, Medina, Baboumian e Schwarzenegger são alguns exemplos que ajudam a derrubar o mito de que basear a dieta em vegetais, legumes, e outros nutrientes da natureza impossibilita a pessoa de ser forte e saudável. Eles quebram em pedacinhos, principalmente Baboumian e Schwarzenegger, o mito de que o vegano é alguém fraco e magro.
São nomes que provam que uma alimentação vegana/vegetariana fornece todos os nutrientes em quantidades adequadas para a realização de exercícios físicos, independentemente da demanda energética.
A única exceção é a vitamina B12, encontrada somente em alimentos de origem animal. Para repor essa vitamina, uma suplementação é necessária. De resto, os herbívoros podem ter uma alimentação balanceada e extremamente nutritiva.
Esse tipo de dieta fornece grande quantidades de carboidratos complexos, fibra alimentar, vitaminas antioxidantes C e E, ácido fólico, magnésio, potássio e sódio.
Há fontes energéticas suficientes para que o organismo possa ter alto rendimento físico.
Veganismo e energia
Mas existe um grupo específico de pessoas que precisa fazer uma dieta grúten free. São os celíacos. Para elas, o glúten realmente faz mal, pois essa proteína específica causa um processo inflamatório, pois o organismo não consegue absorver todos os nutrientes dos alimentos com glúten.
O único tratamento é ter uma alimentação sem a presença dessa proteína. Quando isso acontece, os sintomas desaparecem. Ressalta-se a diferença entre doença celíaca e intolerância ao glúten
4 – Quais são os nutrientes
Como veganos e vegetarianos possuem uma dieta rica em carboidratos, que o glicogênio muscular (principal substrato energético para o exercício), há maior oferta no organismo para a realização eficiente da síntese de glicogênio e para o anabolismo muscular (armazenamento de energia).
Quem realiza atividades físicas com alta demanda do organismo passa por fatores inflamatórios, uma consequência do volume elevado de esforço ao qual o corpo é constantemente submetido.
A alimentação vegana/vegetariana atua com eficiência nesse aspecto, pois possui inúmeras propriedades anti-inflamatórias. Como consequência, o corpo fica imunologicamente mais forte.
Há atletas que adotam esse tipo de alimentação em momentos específicos do seu ciclo de treinamento.
Alguns cortam a ingesta de carne temporariamente para tentar acelerar o processo de cura de lesões.
Nosso objetivo aqui não é fazer qualquer tipo propaganda ao veganismo/vegetarianismo. A intenção deste artigo é apenas informar que é possível ter um alto desempenho físico seguindo estes estilos de alimentação. Mostrar que essa é uma das opções para quem tem alta demanda energética no seu cotidiano.
É comum pessoas terem vontade de aderir a um desses estilos de alimentação, mas são reticentes. Temem ficar fracas ou perder rendimento em atividades atléticas. Se alimentando bem, mesmo sem a presença da proteína animal, isso não vai acontecer. Você não ficará mais fraco por cortar a carne vermelha e outros produtos de proteína animal desde que sua dieta seja rica em substratos energéticos.
Ser vegano/vegetariano é uma escolha alimentar. E não será ela que vai impedir você de ir à academia, correr, fazer qualquer tipo de exercício nem de ser heptacampeão mundial de Fórmula 1 ou o homem mais forte da Alemanha.